"Faça como eu faço!" 

Efeito

    O mágico pega em dois baralhos de cartas e pede a um espectador que escolha um deles. O mágico emaralha-o bem enquanto o espectador embaralha o outro.  Para mostrar que é jogo limpo, o mágico troca o seu baralho pelo do espectador e continua a embaralhar. Finalmente passa o baralho ao espectador e diz: "De agora em diante, faça como eu fizer e vamos ver o que acontece". O mágico parte o baralho em três montes sobre a mesa; o espectador faz o mesmo com o outro baralho. O mágico levanta a carta de cima, do monte do meio e diz: "Estou memorizando o meu numero,  por isso você deve memorizar o seu tambem". Agora junta os montes e corta o baralho duas ou três vezes, sendo imitado pelo espectador com o outro baralho.  Troca de novo de baralho.

Depois diz: "Vou ver as cartas do seu baralho e tirar a que vi no meu. Faça o mesmo, procure a sua carta no meu baralho. Depois vamos colocá-las na mesa viradas para baixo."

Logo que ambos achem as suas cartas , pôem os baralhos de lado. Com ar dramático, o mágico vira as cartas para cima. São idênticas! Por coincidência cada um de vocês tirou a mesma carta de baralhos diferentes.

Execução

  Depois de embaralhar e trocar, o mágico olha disfarçadamente para a carta de baixo do baralho que está passando ao espectador. Uma boa maneira de fazer isso é entregar o baralho com a parte de baixo voltada para si, para poder ver a última carta.

Por exemplo, se a carta de baixo é um nove de paus. O mágico diz "Agora faça como eu faço", levanta cerca de dois terços do baralho e desloca-o para a direita. Depois, retira o terço de cima e coloca-o mais à direita. Ou seja, vai ficar com um monte com o nove de paus no fundo e mais dois montes á direita desse.  

O espectador faz o mesmo com o baralho que o mágico lhe dá. O mágico vê a carta de cima do monte do meio, mas não precisa memorizar. Continua ainda a pensar naquela carta que está por debaixo do outro baralho (o nove de paus). O mágico apanha o monte da esquerda do seu baralho, coloca-o sobre o monte do meio e põe os dois sobre o monte da direita.
O espectador faz o mesmo com o baralho que tem. Ele vai por a carta debaixo - o nove de paus visto pelo mágico - sobre a carta que ele viu!

O mágico corta o baralho duas ou três vezes, e agora as possibilidades de que as cartas fiquem juntas são muitas - Ou seja no baralho do espectador, a probabilidade de a carta dele ainda estar por debaixo do nove de paus é bastante grande.

Assim, depois de ter trocado de baralho, o mágico procura de novo no baralho do espectador onde está o nove de paus e tira a carta que lhe fica por baixo (por exemplo, o valete de Ouros). Essa será a carta que o espectador viu. Entretanto, ele está à procura, no seu baralho, do valete de Ouros e tira-o como lhe foi dito para fazer. Assim acontece que as duas cartas são idênticas.

 Se acidentalmente o mágico não conseguir dar a espiada na carta de baixo ou se ela se perder ao embaralhar, basta trocar os baralhos e começar novamente.

Às vezes o mágico pode "localizar" a carta de baixo do baralho que o espectador está a embaralhando. Nesse caso, não há porque vigiar a sua carta. Em vez de trocar os baralhos, diz: "Ponha o seu baralho na mesa e corte-o como eu corto o meu"

Se o espectador começar a embaralhar depois de ver a sua carta, o mágico pode dizer, "Muito bem. Agora deixe que eu  embaralhe o seu e você embaralha o meu". E passa-lhe o seu baralho.