O jornal enfeitiçado 


     
    Toma-se a página de um jornal, formato tablóide. A seguir corta-se de outra página, uma tira  que  tenha a mesma dimensão de  alto  a  baixo,  mas  apenas com uns dez ou doze centímetros de  largura.  Cola-se essa tira numa das beiradas da  página  do  jornal,  mas apenas pelas margens do alto, de baixo e  do  lado  do corpo do jornal. Assim, produzimos  uma espécie de bolsa, com abertura para fora, de alto à baixo. Por outro lado, dobra-se cuidadosamente outra página do mesmo jornal, levando as dobras para o centro do mesmo, pois é necessário que o centro do lado de fora fique livre. Esse papel assim dobrado, não deve exceder uns dez centímetros quadrados. Introduz-se ele no centro da bolsa do jornal e com uma gota de cola, segure-o aí, numa das folhas internas da bolsa.
    Passa-se essa página de jornal à ferro ou prense-a num livro para desaparecerem os vestígios  de  preparação.
    Antes de executar o truque, é crucial a ausência completa de luz  atrás  de  si,  do contrário, tudo estaria descoberto.
    Na apresentação, mostra-se o jornal na sua frente, fingindo lê-lo com certo interêsse. A bolsa estará entre os dedos da mão direita que retém o papel preparado, aí dobrado. Com o intuito de ler o lado oposto do jornal, passa-se este para a mão esquerda que retém agora o lugar preparado.
    Para rasgá-lo, estando o lado preparado entre os dedos da mão esquerda, volte o jornal numa posição horizontal. A mão direita rasga de alto a baixo um ou dois  pedaços do  lado  direito,  que  são  colocados  na  frente dos espectadores sobre o lugar preparado. Continua-se rasgando agora o lado esquerdo cujas tiras  também são estendidas na frente sobre  as  primeiras rasgadas. Daqui em diante, vê-se que estará  diante  de si, uma tira cobrindo o papel dobrado, que  se  deixa cair para baixo e agora não se tem mais do que executar os mesmos movimentos explicados para o  primeiro  processo.